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sábado, 2 de novembro de 2013

Basicão de auxiliar bibliotecário - última parte

Boa tarde a todos que me acompanham neste blog!

O post de hoje é para finalizar o Basicão de auxiliar bibliotecário.

Vamos começar?

8. Controle bibliográfico ISBN

Criado em 1967 e oficializado como norma internacional em 1972, o ISBN – International Standard Book
Number – é um sistema que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país e a editora,
individualizando-os inclusive por edição.

O sistema é controlado pela Agência Internacional do ISBN, que orienta e delega poderes às agências nacionais.

No Brasil, a Fundação Biblioteca Nacional representa a Agência Brasileira desde 1978, com a função de atribuir o número de identificação aos livros editados no país.

A partir de 1º de janeiro de 2007, o ISBN passou de 10 para 13 dígitos, com a adoção do prefixo 978. O objetivo foi aumentar a capacidade do sistema, devido ao crescente número de publicações, com suas edições e formatos.
livros com edição de 2006 deverão ser editados com ISBN de 10 dígitos e também com de 13
dígitos (ambos deverão constar no verso da folha de rosto);
livros com edição de 2007 só poderão ser editados com ISBN de 13 dígitos.

Deve-se atribuir ISBN:
A cada edição de uma publicação;
A cada edição em idioma diferente de uma publicação;
A cada um dos volumes que integram uma obra em mais de um volume e também ao conjunto completo da
obra (coleção);
A toda reedição com mudança no conteúdo(texto) da obra;
A cada tipo de suporte, tipo de formato, tipo de acabamento e tipo de capa;
As reimpressões fac-similares;
As separatas (desde que apresentem títulos e paginação próprios);

OBS.:
A reimpressão pura e simples de um livro NÃO requer outro ISBN;
Mudança na cor da capa, formato de letras e correção ortográfica do texto da obra, NÃO requer outro ISBN.
As normas também estão disponíveis no Manual do Editor “A Atribuição do ISBN não implica no depósito legal automático da obra. Depois de ter o número do ISBN atribuído, um exemplar da obra publicada deve ser encaminhado para o Depósito Legal da Biblioteca Nacional.”
Uma vez atribuído a uma publicação, um ISBN nunca poderá ser reutilizado para identificar outra publicação.

Almanaque: publicação normalmente editada todos os anos/anualmente contendo uma grande variedade de
fatos de natureza heterogênea (efemeridade, anedotas, informações sobre festividades e feriados, informações estatísticas e as vezes um calendário em comum).

Ano de Publicação: indicação do ano, mês e dia, quando houver, quando a obra for publicada.

Anuário: publicação em série que é editada anualmente, em geral tem caráter estatístico, contém um resumo de atividades, informações diversassobre assuntos técnicos.

Autor(es): pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do conteúdo intelectual ou artístico de uma
publicação.

Autor(es) entidade(s): instituição(ões), organização(ões), empresa(s), comitê(s), comissão(ões), evento(s), entre outros, responsável(eis) por publicações em que não se dintingue autoria pessoal.

Co-Edição: edição entre duas ou mais editoras;

Copirraite (copyright): proteção legal que o autor ou responsável (pessoa física ou jurídica) tem sobre a sua produção intelectual, científica, técnica, cultural ou artísitica.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(CIP): conhecida como ficha catalográfica.É o registro das informações que identificam a publicação na sua situação atual, no verso da folha de rosto.

Edição: todos os exemplares produzidos a partir de um original ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma publicação todas as sua impressões, reimpressões, tiragens etc, produzidas diretamente por outros métodos, sem modificações, independentemente do período decorrido desde a primeira publicação.

Editora: casa publicadora, pessoa(s) ou instituição(ões) responsável(eis) pela produção editorial de uma
publicação.

Editoração: conjunto de atividades funcionais de um editor, isto é: a seleção, programação, e comercialização dos originais.

Exemplar: cada unidade impressa de uma publicação;

Folha de Rosto: folha que contém os elementos essenciais à identificação da publicação, assim como: autor, título, subtítulo, edição, local, editora e data.

Miolo: conjunto de folhas, reunidas quase sempre em cadernos, que formam o corpo da publicação.

Organizador: pessoa física que reune em uma só obra, trabalho de outras pessoas.

Reedição: edição diferente da anterior, seja por modificações feitas no conteúdo, na forma ou na apresentação da publicação ou seja por mudança de editor. Cada reedição recebe um número de ordem: 2ª edição, 3ª edição etc.

Reimpressão: nova impressão da publicação, sem modificação no conteúdo ou na forma de apresentação
(exceto correções de erros de composição ou impressão), não constituindo nova edição.

Edição atualizada / edição revista: permanece o mesmo número de ISBN e também a mesma edição. 

Edição ampliada / edição aumentada: permanece o mesmo número de ISBN e será a mesma edição.
anuário: publicação anual destinada ao relato de assuntos, em diversos campos da atividade humana, no período de 12 meses ( é um periódico e recebe ISSN)

brochura: livro de papel mole

coletânea: conjunto selecionado de obras

capa dura: acoplagem de um papel fino, tecido, percaluz, couro sintético etc. em um cartão de maior gramatura (acima de 1250g/m2)

Apresentação do ISBN
O ISBN deve ser escrito ou impresso, precedido pela sigla ISBN, a cada segmento separado por hífen.
EX: ISBN 978-85-333-0946-5

Impressão do número do ISBN
No verso da folha de rosto
No pé da 4ª capa, do lado direito junto a lombada
Um ISBN é como o código postal de um livro. Tem 13 dígitos – antes de 2007 eram 10 – que precedem a sigla ISBN e pode ler-se na parte inferior da contracapa, junto ao código de barras, e na primeira página onde se referem todos os dados referentes aos direitos de autor. Estes dígitos dividem-se em cinco grupos separados através de espaços ou hífenes – o manual de ISBN recomenda o uso de hífens.
1ª Parte – Group Country Identifier: Diz respeito ao país de origem do livro;
2ª Parte – Publisher Identifier: Código identificativo do editor do livro;
3ª Parte – Title Identifier: Código identificativo do título do livro ou da edição
4ª Parte – Check Digit: Dígito de validação.

O primeiro grupo corresponde ao prefixo Bookland que se representa nos livros como 978. O segundo grupo corresponde ao identificador do país, área geográfica ou linguística – a Portugal corresponde o número 972. O terceiro grupo é o prefixo editorial e é um número atribuído pela agência responsável pela gestão do ISBN num determinado país ou área territorial. O identificador do título é o grupo seguinte, e a sua função consiste em determinar um número para uma edição específica de cada publicação. O último grupo é o dígito de controlo, um número que surge através de uma operação matemática e que garante a individualização perfeita de cada ISBN.
Se escolheres um ISBN do Bubok para o seu livro, terá o prefixo editorial do Bubok.
Se preferir tratar por si do ISBN, a Agência de ISBN irá atribuir-lhe um ISBN de auto-edição.
NBRISO2108: Informação e documentação – Número Padrão Internacional de Livro (ISBN)

9. Controle bibliográfico ISSN
O ISSN – Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas (International Standard Serial
Number) é o identificador aceito internacionalmente para individualizar o título de uma publicação seriada,
tornando-o único e definitivo. Seu uso é definido pela norma técnica internacional da International Standards
Organization ISO 3297.
O ISSN é operacionalizado por uma rede internacional, e no Brasil o Instituto Brasileiro de Informação em
Ciência e Tecnologia – IBICT atua como Centro Nacional dessa rede.
O ISSN identifica o título de uma publicação seriada em circulação, futura (pré-publicação) e encerrada, em
qualquer idioma ou suporte físico utilizado (impresso, online, CD-ROM etc).
O ISSN é composto por oito dígitos, incluindo o dígito verificador, e é representado em dois grupos de quatro dígitos cada um, ligados por hífen, precedido sempre por um espaço e a sigla ISSN.
Exemplo: ISSN 1018-4783.
O editor interessado no registro de suas publicações seriadas, poderá obter o formulário e instruções de
solicitação do ISSN nesta home page, ou solicitá-los ao Centro Brasileiro do ISSN, IBICT.
Os editores não são legalmente obrigados a ter um ISSN mas há muitas vantagens em se ter um ISSN para suas publicações seriadas.
Como o sistema do ISSN é internacional e cada ISSN é único, um ISSN pode identificar uma publicação
seriada independentemente de seu idioma ou país de origem fazendo a distinção entre publicações seriadas com o mesmo nome ou títulos semelhantes.
O ISSN é usado onde a informação sobre publicações seriadas necessita ser registrada e comunicada com
precisão (ordens de compra, pesquisas em base de dados, etc.).
O ISSN proporciona um método eficiente e econômico de comunicação entre editores, fornecedores e
compradores de publicações seriadas. Proporciona, também, um ponto de acesso útil aos catálogos de editores, diretórios comerciais, inventários automatizados, bibliografias, etc.
O ISSN é amplamente usado em bases de dados automatizadas na organização, recuperação e transmissão de dados sobre publicações seriadas.
O ISSN é amplamente usado por bibliotecas para identificar, ordenar e processar títulos de publicações
seriadas.
Publicações que têm ISSN fazem parte dos registros de publicações seriadas mantido pelo Centro Internacional
do ISSN, em Paris.

O que é uma publicação seriada?
É uma publicação editada em partes sucessivas que pretende ser continuada indefinidamente.
Cada edição de uma publicação seriada tem uma designação numérica e/ou designação cronológica (volume, número e ano de publicação) distinguindo cada uma das edições individuais da publicação, com intenção de ser continuada indefinidamente.
Podem ser publicados em qualquer mídia (impresso, CD-ROM, via internet, etc.). Se uma publicação seriada for editada em mais de uma mídia, um ISSN é requerido para cada formato em que a publicação é editada.

Quais são os tipos de publicações seriadas?
Publicações seriadas incluem periódicos, magazines, jornais, anuários, (tais como livros do ano, relatórios
anuais e diretórios, etc.) memórias, anais de congressos, publicações de sociedades e séries monográficas.
Para periódicos impressos o local do ISSN é na capa ao alto no canto direito
Para periódicos online deve aparecer na primeira tela da revista, ao alto no canto direito.
Para periódicos em CD-ROM deve aparecer na capa e no rótulo ao alto no canto direito, além da tela de
apresentação.
O ISSN (International Standard Serial Number), Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas (português brasileiro) ou Número Internacional Normalizado das Publicações em Série (português europeu), é o identificador de publicações seriadas aceito internacionalmente. Seu uso é definido pela norma técnica ISO 3297:2007 – Information and documentation – International standard serial number (ISSN).
10. Circulação do material bibliográfico: empréstimo, devolução, consulta, etc.
Circulação do material bibliográfico entende-se como a circulação do acervo da biblioteca entre a sua
comunidade. Essa circulação se dá através do empréstimo de livros aos indivíduos da comunidade, com tempo estipulado para ser devolvido para que outros possam tomá-lo emprestado. Existe uma sequência lógica aqui.

1 – O usuário irá fazer uma consulta ao catálogo da biblioteca. As bibliotecas universitárias, quase sempre,
possuem um sistema de bibliotecas para gestão de seus catálogos, e oferecem um catálogo em linha (OPAC).

2 – Após encontrar o livro na base, o usuário irá verificar se o livro está disponível para empréstimo. Se o livro estiver disponível, o usuário irá localizá-lo nas estantes para realizar o empréstimo (caso o acervo da biblioteca seja fechado, ou seja, sem acesso para os usuários, o livro deverá ser solicitado no balcão). Se o livro não estiver disponível o usuário deve identificar a razão. Se o livro não puder ser emprestado, pode ser feita uma consulta local. Se o livro estiver passando por reparos, o usuário deverá retornar em outro momento. Se o livro estiver emprestado, o usuário poderá fazer uma reserva do livro.

3 – Com o empréstimo realizado, o usuário deverá ficar atento ao prazo para devolução. Ao fim do prazo, caso o usuário queira permanecer com o livro, deverá consultar o sistema para saber se há reservas. Se houver reservas, deverá devolver o livro. Caso não hajam reservas, o usuário poderá renovar o empréstimo e permanecer com o livro.
É importante saber que existem diferentes prazos de empréstimo a depender do material a ser emprestado
(livros com grande rotatividade geralmente tem menor prazo de empréstimo), e do tipo de usuário (professores e alunos de pós-graduação normalmente tem um prazo maior do que alunos de graduação, por exemplo).
Também vale lembrar que é bastante comum a aplicação de multas diárias para os atrados na devolução e, em muitos casos, a multa é mais alta para livros que estão com reservas.

7. Registro de Periódicos: KARDEX
Ficha Kardex é uma ficha de registro de periódicos. É usada para registrar cada periódico e exemplar que entra na biblioteca. Periódicos são publicações seriadas (em série). Possuem esse nome pois obedecem a uma periodicidade (período de tempo) qualquer. Podem ser diários (como os jornais de grande circulação),
semanais, quinzenais, mensais, bimestrais, trimestrais, quadrimestrais, semestrais, anuais, bianuais, e assim por diante. Curiosidade: periódicos de países com estações do ano bem definidas costumam ser trimestrais e trazem a estação e não os meses.
As publicações seriadas acadêmicas, que são mais utilizadas em bibliotecas universitárias (também chamadas de bibliotecas acadêmicas), apresentam em geral periodicidade de mensal em diante. Ao final de um ano, elas mudam o número do ano ou volume, que indicam quase sempre o tempo de existência da publicação. Por exemplo, Revista Ciência da Informação, vol. 1, número 3.
O Kardex é muito importante para que sejam identificadas lacunas na coleção (exemplares que não foram
recebidos pela biblioteca) e também duplicatas recebidas.






Bons estudos a todos!
Até a próxima.

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