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Método eficiente

São dicas que podem facilitar nos seus estudos.

10 Dicas Básicas para a Aprovação

Manual que ensina através de um método prático e fácil, como se preparar melhor para uma prova de concurso público.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Lei nº 8112 em áudio - 2ª parte

 Boa noite a todos que me acompanham neste blog. 

A matéria de hoje será continuação do post Lei nº 8112 em áudio - 2ª parte.
Vamos começar?

Irei dividir a lei nº 8112 em artigos de 24 ao 46, clique aqui


Pequeno resumo

DEFINIÇÃO DE VACÂNCIA
É declarado vago o cargo do servidor por motivo de exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, falecimento ou posse em outro cargo inacumulável.

REQUISITOS BÁSICOS
Ser servidor público e nos casos de posse em cargo inacumulável, ter sido aprovado em concurso público e nomeado.

PROCEDIMENTOS
Para vacância por posse em outro cargo inacumulável deverá ser providenciado requerimento do interessado dirigido à SARH, anexa ndo a documentação que comprova sua nomeação em outro órgão público e declaração de bens com valores.

INFORMAÇÕES GERAIS
1. Havendo a inabilitação do servidor no estágio probatório para outro cargo, o mesmo deverá ser reconduzido para o que ocupava anteriormente e no qual possuía estabilidade. À Administração, diante da Vacância do cargo, caberá decidir dentro dos critérios de conveniência, a destinação da vaga. (Art. 20, § 2º e Art. 29 da Lei nº 8.112/90)

2. O servidor exonerado, ou deixando vago o cargo por posse em outro órgão, terá direito a:
a) gratificação natalina na proporção de 1/12 por mês de exercício ou fração igual ou superior a 15 (quinze) dias, calculada com base na remuneração do cargo no mês depublicação do ato de exoneração, compensada a importância recebida a título de adiantamento. (Art. 63 da Lei nº 8.112/90)
b) indenização relativa ao período de férias a que tiver direito e ao período incompleto, na
proporção de 1/12 por mês de efetivo exercício ou fração superior a 14 (quatorze) dias,
calculada com base na remuneração do cargo no mês de publicação do ato exoneratório.
(Art. 78, § 3º da Lei nº 8.112/90)

FUNDAMENTO LEGAL
1. Arts. 20, § 2º, 33, 63 e 78, § 3º da Lei n.º 8.112/90.


REMOÇÃO

Observa-se que referido dispositivo legal prevê três modalidades de remoção: 
- ex officio, no interesse da Administração Pública; 
- mediante requerimento do servidor público interessado, a critério da Administração Pública; 
- mediante requerimento do servidor publico interessado, independentemente do interesse da Administração, por motivo de saúde do servidor ou de seus dependentes, para acompanhamento de cônjuge ou em virtude de processo seletivo.

A forma usual de remoção é aquela prevista na alínea c do inciso III do art. 36 da Lei nº 8.112/90 que ocorre mediante processo seletivo promovido pela Administração, quando o número de servidores públicos interessados superam o número de vagas definidas e o seu processamento ocorre de acordo com o regulamento preestabelecido pelo órgão a que estiver lotado o servidor. Essa hipótese de remoção ocorre independentemente do interesse da Administração, conforme dispõe o inciso III, in fine, do art. 36 da Lei nº 8.112/90.

Dessa forma, resta saber se o servidor público casado ou em união estável com outro servidor público removido, independente do interesse da Administração Pública, em virtude de processo seletivo promovido, faz jus à remoção para acompanhamento do cônjuge de que trata a alínea a do inciso III do art. 36 da Lei nº 8.112/90.

Até o próximo post.
Bons estudos.

Basicão de auxiliar bibliotecário - 3ª parte

Boa noite a todos que me acompanham neste blog!
A matéria de hoje será continuação do post Basicão de auxiliar bibliotecário para o cargo de auxiliar bibliotecário.
Vamos começar?

5. Armazenagem da documentação, preservação do acervo

Os livros são guardados nas estantes de acordo com sua classificação, no que se chama de ordem relativa. Ou seja, a ordem do livro é relativa ao seu assunto. É preciso atentar para a correta ordem de arquivamento do sistema decimal utilizado pela biblioteca.
Além da ordem relativa, existe a ordem fixa, ou sistema de localização fixa. Se diz fixa pois cada livro tem o seu lugar garantido e preservado na estante. Tipo – Corredor X, Estante 3, Prateleira 4, Posição 7 (este é apenas um exemplo ilustrativo). Quando o livro é retirado do seu local, é colocado um objeto para guardar o seu lugar.
Esse objeto é chamado de “fantasma”. Outro ponto importante sobre localização fixa é que, em geral, as bibliotecas que a utilizam trabalham com os acervos fechados ao público. Apenas os funcionários é que tem acesso ao acervo. Faz sentido pois para um usuário interessado em um assunto específico é muito mais difícil achar livros daquele assunto, pois os livros estão agrupados pelo acaso e não pelo assunto.

Preservação do acervo são os cuidados tomados para que os livros tenham longa vida. Evitar comida na biblioteca é um dos mais importantes. Outro ponto importante é manusear os livros com cuidado. Retirar o livro da estante com a o polegar e o indicador e não puxando pela lombada. Entre outros.

6. Catálogos: tipos e referências
Catálogo é o local onde estão ordenadas as fichas catalográficas. Se for automatizado, então existirá apenas um.
Se for manual, existirá vários, cada um com um tipo de entrada diferente.
Existem dois tipos de catálogo manual: os do público, ou externos, e os auxiliares, ou internos. Os primeiros, como o nome indica, servem para o uso dos usuários da bibliotecas. Os segundos, para fins de uso interno pelo pessoal da biblioteca.
Em geral, ainda hoje, é possível encontrar nas bibliotecas três tipos de catálogo externo. De nome de autor, de título e de assunto. O catálogo de autor também pode ser chamado de catálogo onomástico. O de título, de catálogo didascálico. E o de assunto, catálogo ideográfico.

Esses catálogos podem ser organizados:
• Alfabeticamente
• Como um todo, com todas as entradas (autor, título e assunto) em um único catálogo, chamado de catálogo dicionário.
• Com três catálogos diferentes, um para cada tipo de entrada.

Ou podem ser organizados sistematicamente, com as entradas organizadas pelo número de classificação.

Já os catálogos internos podem ser:
• De identidade, organizado pelos nomes dos autores e entidades.
• De assuntos, organizado pelos assuntos dos livros.
• Catálogo de número de classificação
• Catálogo de séries e títulos uniformes
• Catálogo decisório, que organiza as decisões tomadas pela biblioteca concernentes à catalogação.
• Catálogo topográfico, que é o catálogo utilizado para fins de inventário da biblioteca, pois é organizado pela número de chamada dos livros.
• Catálogo oficial, que é uma réplica dos catálogos externos, mas inclui apenas o ponto de acesso principal.
• Catálogo de registro, para fins de controle do patrimônio da biblioteca. Atualmente, a maioria das bibliotecas utiliza o livro de tombo para isso.

7. Serviços aos usuários
Serviços aos usuários são os serviços prestados pela bibliotecas às pessoas que usam a biblioteca, os usuários.
Os usuários são basicamente de 2 tipos: os reais, que efetivamente usam a biblioteca e seus serviços; e os potenciais, que podem vir a usar a biblioteca. Cabe a biblioteca atender as demandas tanto dos usuários reais quanto dos potenciais. Para isso, ela oferece vários serviços, a saber.

7.1 Treinamento, orientação e consulta: Quando o usuário chega à biblioteca, principalmente aqui no Brasil, é um alumbramento, um espanto. Ainda tem muita gente, mesmo em cidades grandes, que nunca foi em uma biblioteca. Por isso, a maior parte da atenção de treinamento, orientação e consulta é voltada para ensinar essas pessoas a utilizar os recursos e serviços da biblioteca da forma mais completa possível. Isso vai desde de ensinar como encontrar um dicionário na organização das estantes da biblioteca até ensinar como fazer uma busca por ordem alfabética de uma palavra em um dicionário.
Bibliotecas universitárias se deparam com a necessidade constante de treinar e orientar os usuários,
especialmente os calouros (muitos dos quais estão indo pela primeira vez em uma biblioteca na universidade), no uso do sistema de gerenciamento de livros (como fazer uma busca por título, por autor, por assunto, como identificar a data, como saber se o livro está disponível, etc.) e depois de encontrar o livro no sistema, como encontrá-lo nas estantes.
É comum as bibliotecas oferecerem visitas guiadas, para uma ambientação inicial com os novos alunos.
Nas bibliotecas que não possuem sistemas informatizados, o treinamento para o uso do catálogo é essencial.

7.2 referência (ou serviço de referência): é o intermediário entre o acervo e o usuário. O usuário quando se depara com a biblioteca precisa de referência, por isso esse nome. (Para alguns autores, e eu concordo com essa linha de pensamento, todos os serviços voltados para os usuários estão dentro do serviço de referência. Mas isso é apenas a minha visão.) Afinal de contas, como encontrar a informação que você quer diante de um mundo de documentos? É preciso de ajuda.

O serviço de referência tem por base a 4ª lei de Ranganathan, e aproveito para colocar todas aqui:
1 – Os livros são para usar
2 – A cada leitor o seu livro
3 – A cada livro o seu leitor
4 – Poupe o tempo do leitor
5 – A biblioteca é um organismo em crescimento

Por poupar o tempo do leitor, entende-se se esforçar para que o tempo entre a solicitação do usuário ao sistema e a sua resposta seja mínimo. Para tanto, as bibliotecas cada vez mais investem em sistemas automatizados, por um lado, e em treinamento de pessoal, por outro.
O serviço de referência também pode ser feito à distância. O que dá mais comodidade ao usuário. Em geral, as bibliotecas oferecem telefone, para receber críticas e sugestões e tirar dúvidas, e e-mail ou formulários web para solicitações mais detalhadas. Neste caso, pode ser chamado de serviço de referência virtual ou digital.
Serviço de referência é o serviço responsável pelo atendimento do usuário na biblioteca. É, de forma simples, a ponte entre o acervo informacional da biblioteca e o usuário que pretende encontrar alguma informação ali. O primeiro trabalho sobre serviço de referência data de 1876, nos EUA. A origem do Serviço de Referência está diretamente ligada à urbanização e à industrialização, que fez com que as grandes cidades recebessem pessoas sem o mesmo grau de cultura e letramento daquelas que frequentavem bibliotecas até então. Isso fez com que os bibliotecários passassem a se preocupar em como atender melhor pessoas que muitas vezes sequer sabiam ler.

Dennis Grogan, um dos principais autores sobre o tema, coloca 8 etapas para o processo de referência, a saber:
O problema: o processo é iniciado com um problema que atrai a atenção de um usuário;
A necessidade de informação: explicitação do problema pelo usuário, seja por necessidade de conhecer e compreender, seja por curiosidade ou qualquer outro motivo;
A questão inicial: o usuário formula a questão e solicita auxílio do bibliotecário; inicia-se o processo de referencia, que compreende duas fases: a análise do problema e a localização das respostas às questões;(grifo nosso) 
A questão negociada: o bibliotecário solicita esclarecimentos sobre a questão inicial para atender
satisfatoriamente a necessidade do usuário;
A estratégia de busca: o bibliotecário analisa minuciosamente a questão, identificando seus conceitos e suas relações, para traduzi-la em um enunciado de busca apropriado à linguagem de acesso ao acervo de informações; a seguir, são escolhidos os vários caminhos possíveis para o acesso às fontes especificas para responder a questão apresentada.
O processo de busca: estabelecimento de estratégias flexíveis que comportem mudança de curso para otimizar a busca;
A resposta: para a maioria dos casos será encontrada uma resposta, porém isso não constitui o fim do processo, pois a resposta encontrada pode não ser a esperada;
A solução: o bibliotecário e o usuário devem avaliar se o resultado obtido é suficiente para finalizar o processo de busca.

7.3 Clipping (ou clipagem): É uma atividade que consiste em fazer leituras de jornais, revistas e periódicos em geral a fim de selecionar matérias de interesse para a instituição ou para os usuários individualmente.

7.4 Pesquisas e levantamentos bibliográficos: É uma das atribuições mais importantes da biblioteca e, mais nas bibliotecas especializadas, constitui boa parte das solicitações. Consiste em executar pesquisas para os usuários sobre temas específicos nas fontes de informação disponíveis às bibliotecas. Levantamento bibliográfico é um sinônimo para “o que tem sobre determinado assunto” ou “o que tem de determinado autor” na biblioteca. Isso é muito comum. O que tem sobre história do Brasil? Então será feito um levantamento bibliográfico a fim de identificar a bibliografia disponível na biblioteca sobre o tema, incluindo não apenas livros, mas artigos de periódicos e demais documentos.

7.5 DSI (disseminação seletiva da informação): É o serviço que leva a informação ao usuário, ou seja, dissemina a informação selecionada para a pessoa que precisa/deseja receber a informação.
Em geral, o usuário tem um cadastro na biblioteca em que indica seus interesses, e a biblioteca envia informações selecionadas para ele.

7.6 Empréstimo(Circulação): É o serviço de circulação dos exemplares (documentos) do acervo. Em geral, toda biblioteca tem um balcão de empréstimo/devolução, com sistema automatizado ou não, em que o usuário leva o livro que quer levar, preenche as informações necessárias, e leva o livro para casa durante o período permitido de empréstimo. Caso o usuário deseja ficar mais tempo com o livro, poderá renová-lo caso não esteja reservado, no caso de sistemas automatizados é possível fazer isso sem ir presencialmente na biblioteca.
E caso o usuário queira pegar um livro que está emprestado, poderá fazer a reserva do livro. Também aqui, em caso de sistema automatizado, a reserva pode ser feita pelo próprio sistema.

No próximo post será sobre Controle bibliográfico ISBN, Controle bibliográfico ISSN e Circulação do material bibliográfico.
Bons estudos!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Basicão de auxiliar bibliotecário

 Boa tarde a todos que me acompanham neste blog. 

A matéria de hoje será continuação do post Basicão de auxiliar bibliotecário para o cargo de auxiliar bibliotecário.

Vamos começar?
 
As principais seções (setores) da biblioteca são:

Administração – é responsável pela administração geral, ou seja, recursos humanos, segurança, finanças,
planejamento, controle, correspondências, etc.

Desenvolvimento de coleções – é o setor responsável pelo acervo da biblioteca, ou melhor, pelo desenvolvimento da coleção de documentos da biblioteca. É dividido em dois (em geral):
1- Seleção, que se responsabiliza por selecionar os livros e documentos que a biblioteca precisa e deseja para melhorar sua coleção, tanto qualitativamente quanto quantitativamente.
A seleção que busca incorporar acervo à biblioteca chama-se seleção positiva. A seleção que busca retirar
acervo da biblioteca, ou descartar, é chamada seleção negativa.

2 – Aquisição, que irá implementar as decisões da seleção, ou seja, irá efetivamente adquirir os documentos selecionados pelo setor de seleção. A aquisição pode ser de 3 formas: compra, que será por assinatura para periódicos e por licitação no caso de órgãos públicos. Permuta, ou seja, troca de materiais entre instituições. E doação, ou seja, quando a biblioteca recebe os documentos gratuitamente. Neste caso, é preciso avaliar criteriosamente se os livros doados realmente servem para o uso da biblioteca.

Registro – é o setor responsável por tornar os livros e documentos patrimônio da biblioteca. Cada
livro/documento ira receber o seu número de tombo e vários carimbos para assegurar a propriedade do
exemplar.

PT (Processos técnicos) - é o setor que irá tratar o documento, aplicando técnicas da biblioteconomia para classificar, indexar e catalogar.

Preservação, conservação e restauração – é o setor responsável por periodicamente avaliar o estado físico das obras e retirar da circulação os exemplares danificados, a fim de restaurá-los ou encaderná-los.

Referência – é o setor responsável por atender o usuário. É o cartão de visitas da biblioteca. É o primeiro
contato do usuário com o a biblioteca.

Circulação – Como o próprio nome indica, é o setor responsável pela circulação do acervo, ou seja, empréstimo e devolução dos livros. Normalmente, está ligado ao setor de referência pois faz parte do atendimento ao usuário. Além do empréstimo, que é a retirada do livro pelo usuário, e da devolução, este setor realiza também a cobrança dos livros em atraso (por carta, telefone ou mesmo e-mail), reserva dos livros que estão emprestados e a renovação do empréstimo, ou seja, um novo prazo para ficar com o livro. De uns tempos pra cá este serviço vem melhorando por conta dos softwares de automação.

4. Acervo:
Segundo o Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de Lemos,
2008): Acervo é um “conjunto de documentos conservados para o atendimento das finalidades de uma biblioteca: informação, pesquisa, educação e recreação”. Também é sinônimo de coleção.
Em suma, acervo é tudo que é documento dentro da biblioteca.

4.1. Seleção/aquisição: Como vimos mais acima, o acervo é formado através de um processo de Formação e desenvolvimento de coleção. Esse processo é formado pela etapa de seleção, que irá dizer quais documentos devem ser adquiridos de acordo com os desejos e necessidades da biblioteca, e que é de bom senso estar de acordo com a Política de Formação e Desenvolvimento e com a Política de Seleção da Biblioteca. E a etapa de aquisição será responsável por efetivar as escolhas da seleção, ou seja, adquirir, seja por compra, permuta (troca, que normalmente se dá entre duplicatas que as bibliotecas possuem) ou doação (que pode ser solicitada, ou seja, a Biblioteca envia um pedido de doação a uma instituição, editora, ou mesmo ao próprio autor).

4.2 Tratamento técnico:
Tratamento técnico, ou processo técnico, é a atividade que irá tratar o documento com as técnicas da
biblioteconomia para representação do documento (catalogação) e do conteúdo (classificação e indexação).

4.2.1 Catalogação: a catalogação é o processo de descrição do documento para a criação de um catálogo. Cada documento será catalogado a partir de um código de catalogação – o código em vigor e mais utilizado no mundo inteiro é o AACR2 – Regras de Catalogação Anglo Americanas segunda edição, que está em edição revista e é publicado aqui no Brasil pela FEBAB.
A ficha catalográfica traz as informações fundamentais do documento, tais como: autor, título, local, Assunto,
número de folhas, etc...

Deve aparecer no verso da folha de rosto, contida num retângulo de aproximadamente 12,5 x 7,5 cm., impressa abaixo da metade inferior da página. É fundamental que as margens e espaços sejam mantidos, iniciando pelo sobrenome do autor e com 3 linhas da borda superior; 4 espaços da borda lateral esquerd.

Obs: O tamanho da fonte utilizada na ficha catalográfica pode ser menor que o utilizado no texto da tese para enquadramento nas dimensões do retângulo (7,5 x 12,5 cm). Os parágrafos devem ser alinhados à esquerda.

Descrição
1° PARÁGRAFO - NOME DO AUTOR - Iniciar pelo Sobrenome, seguido do nome e prenomes por extenso.

2º PARÁGRAFO - TÍTULO DA TESE - Iniciar na 4ª letra do autor, e negritado. Subtítulo (se houver) deve vir após o título precedido de dois pontos e sem negrito. E as linhas de continuação devem ser na direção da primeira letra. Após título repetir o nome, prenome e sobrenome do autor precedido de barra.

Nota: Entre o sobrenome do autor e o local de publicação há dois traços.
Local de publicação , seguido do ano de publicação separados por vírgula. Se houver editora comercial, entre o local de publicação e ano de publicação.

3º PARÁGRAFO - Iniciar na 4ª letra do nome do autor o total de folhas pré-texto em algarismos romanos com letras minúsculas, e separados por vírgula do número total de folhas.

4º PARÁGRAFO - Iniciar na 4ª letra do nome do nome do autor o grau pretendido com a tese
Tese (Mestrado) ou (Doutorado) ou (Livre Docência) seguido do nome da Instituição na qual a tese está sendo apresentada, e nome do programa de Pós-graduação. As linhas de continuação devem ser na direção da primeira letra.

5º PARÁGRAFO - Iniciar na 4ª letra do nome do autor o título da tese em inglês. As linhas de continuação
devem ser na direção da primeira letra.

6º PARÁGRAFO - Iniciar na 4ª letra do nome do autor as palavras-chaves que indiquem o assunto principal da tese, extraídas do DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) tradução do MeSH (Medical Subject Headings) da National Library of Medicine. Os assuntos devem ser numerados sequencialmente e de acordo com a relevância no texto. As linhas de continuação devem ser na direção da primeira letra.

Limite de descritores por ficha - 6


Note que todas as informações são voltadas para descrever o documento. Então você sabe autor, título, número de páginas, ISBN, e de quais assuntos, de forma geral, trata, entre outras informações. O nome do autor sempre será colocado com o último nome na frente, Exemplo: Silva, João dos Santos.

Mas caso o último nome indique parentesco, a entrada será pelo penúltimo nome seguido do parentesco
(sobrinho, neto, junior, filho, etc.). Exemplo: João dos Santos Silva Sobrinho terá entrada por: Silva Sobrinho, João dos Santos.

A catalogação se divide em duas partes: acesso (entrada) e descrição física. O acesso irá dizer quais os pontos de acesso para o documento. Existem dois tipos de entrada: principal e secundárias. O autor lá no alto da ficha é a entrada principal. E as demais entradas, embaixo da ficha, são as entradas secundárias.
Antes do nome do autor deverá ir na ficha o número de Cutter correspondente, que deverá ser retirado da
Tabela de Cutter-Sanborn. A tabela é usada da seguinte forma. A entrada será por Silva, João da. Devemos número, irá entrar a primeira letra da primeira palavra do título, exclui-se artigo, em minúscula. Se o título
começar com A Arte de Estudar, o cutter será S581a.

4.4.2 Classificação: Classificar é atribuir uma classe (um assunto) ao livro. E isso é importante numa biblioteca, pois cada livro será classificado sob um único assunto, ainda que composto por vários assuntos. Para tanto, as bibliotecas adotam em geral dois esquemas de classificação. A Classificação Decimal de Dewey e a Classificação Decimal Universal. As duas tem muito em comum. A CDU, que é baseada na CDD, dá mais liberdade ao classificador. Mas o mais importante, como não poderia deixar de ser, são as classes. Ambas dividem o conhecimento em 10 classes principais, por isso são chamadas de classificações decimais. E há apenas uma pequena diferença entre elas, nas classes 4 e 8, que na CDD continuam como sempre foram, mas na CDU a classe 4 está vaga enquanto que a 8 abriga além de literatura, linguística.
As principais classes da CDU podem ser acessadas clicando nos nomes.

Por exemplo, um livro de Literatura Brasileira será classificado em 869.3 na CDD e em 869(81) na CDU. Note que a raiz é a mesma, 869, mas o uso das tabelas é diferente para cada caso.
O número da classificação, ou número da notação ou somente notação, irá aparecer junto ao Cutter e possíveis informações sobre edição, exemplar ou coleção, no número de chamada. Logo, o número de chamada, utilizando CDU, para um livro de literatura brasileira, vamos usar no exemplo Gabriela, cravo e Canela de Jorge Amado, será:
869(81)
A481g

O número de chamada será colocado na etiqueta que fica na lombada do livro, e é o que permite a identificação do livro na estante. 
4.4.3 Indexação: Indexar vem do termo Index, que significa índice. Índice é ” Lista dos elementos
identificadores de um documento, (autor, assunto, titulo, etc.) dispostos em determinada ordem para possibilitar seu acesso. ” (Marisa Bräscher Basílio Medeiros) e podem ser também” Produto da indexação, como instrumento de pesquisa autônomo ou complemento de outro. “Maria Alexandra Miranda Aparício. Aqui vale dizer a diferença entre indexação e catalogação. A indexação representa o conteúdo, o tema, a catalogação representa a parte física, ela descreve.
Em termos práticos, indexar é representar o documento por meio de palavras. Peguemos como exemplo o livro Português para Concursos, de Renato Aquino. Quais palavras nós usaríamos para representar seu conteúdo? Português e Concursos são duas prováveis. Mas poderíamos utilizar também Língua Portuguesa, Gramática, Testes, Provas, enfim. O indexador irá decidir quais palavras serão usadas com base na política de indexação da biblioteca, no público-alvo da indexação, e nos instrumentos que tiver em mãos (vocabulários controlados).

4.4.4 Preparação física do livro: Cada livro será devidamente etiquetado com o número de chamada e
carimbado, antes de ir para o acervo. Isso irá ajudar a identificar a propriedade do livro em caso de extravio.
Nas bibliotecas que possuem sistemas de segurança, cada livro receberá um alarme.

A maioria das bibliotecas costuma colocar o número do tombo no exemplar, em alguns casos, ainda se coloca data de aquisição.
Além dos carimbos e etiquetas, também podem ser colocados bolso e (não lembro como chama) uma “folha de devolução”, onde é carimbada a data em que o livro deve ser entregue. Tanto um quanto outro são mais comuns em sistemas não automatizados.

Este post ainda tem continuação.
Bons estudos.

Lei nº 8112 em áudio


Boa noite!

Quem deseja estudar a lei nº 8112 através de áudio, estarei disponibilizando através do meu blog em forma de áudio para facilitar os estudos de quem irá prestar concurso futuramente. Esta lei é um dos conteúdos quase que certa para a maioria dos concursos abertos no Brasil. Se você quer se preparar bem para ser aprovado em um concurso público, seja ele municipal, estadual ou federal, fique de olho em meu blog.

Vamos começar?

Irei dividir a lei nº 8112 em artigos de 1 ao 23, clique aqui

Um pequeno resumo:
Servidor é toda pessoa física legalmente investida em cargo público e este é o lugar na administração pública criado por lei, com respectivo conjunto de direitos e atribuições (deveres e obrigações). O cargo público pode ser em comissão ou efetivo; o primeiro é destinado àqueles que exercem direção, chefia ou assessoramento e dependem, tão somente, da vontade da autoridade competente para ingresso da pessoa no serviço público, admitindo-se a função de confiança interinamente. Já o segundo (efetivo) pode ser isolado (não tem promoção) ou de carreira (tem promoção) e que o ingresso no serviço público se dá por meio de concurso público. Ambos (em comissão ou efetivo) dependem da nomeação (provimento originário), para tomar posse e entrar em exercício do cargo público.
A respeito de provimento podemos, ainda, elencar mais seis: promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução. (No próximo post explicarei cada uma das 6 formas de provimento).

Bons estudos.


domingo, 27 de outubro de 2013

BASICÃO DE AUXILIAR BIBLIOTECÁRIO

Boa tarde a todos que me acompanham neste blog. 

O post de hoje será para ajudar aos meus amigos que irão prestar concurso para o cargo de auxiliar bibliotecário.

Vamos começar?
 

1. Bibliotecas: tipos e conceitos
Definição do Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de Lemos, 2008): “Coleção de material impresso ou manuscrito, ordenado e organizado com o propósito de estudo e pesquisa ou de leitura geral ou ambos. Muitas bibliotecas também incluem coleções de filmes, microfilmes, discos, vídeos e semelhantes que escapam à expressão “material manuscrito ou impresso”.
É bom saber que Biblioteca significa algo como “Caixa de livros”, da junção dos radicais Biblio (Livro) e Thek (caixa). A Biblioteca atual pode ser chamada de Unidade de Informação, Centro de Informação, Centro de Documentação, entre outras denominações.
Existem basicamente 5 tipos de bibliotecas: Escolar, Universitária, Especializada, Pública e Nacional.

A Biblioteca Escolar é aquela que serve à escola, entendendo-se escola como a instituição de ensino fundamental e médio, destinada a servir a alunos e professores.
A Biblioteca Universitária, como o nome já indica, é aquela que serve aos propósitos das universidades e instituições de ensino superior, estando também por isso ligada ao tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. Em universidades de grande porte, é comum existir a Biblioteca Central e Bibliotecas Setoriais ligadas à ela, formando assim um Sistema de Bibliotecas (SIBI).
A Biblioteca Especializada é aquela que foca em alguma área ou público específico, também chamada de biblioteca especial. Entre os exemplos de biblioteca especializada, destacam-se as bibliotecas jurídicas e de centros de pesquisa.
A Biblioteca Pública, aqui entendida como Pública Estadual ou Pública Municipal, é aquela que tem como objetivo servir à coletividade e é mantida por recursos públicos. Possui acervos gerais, mais focados em literatura de lazer e fontes de informação como dicionários e enciclopédias. As Bibliotecas Públicas Estaduais, em muitos estados brasileiros, são responsáveis pelo depósito legal estadual.
A Biblioteca Nacional é a biblioteca mais importante de um país e é a responsável por sua memória bibliográfica. A Fundação Biblioteca Nacional, é a responsável pelo depósito legal e pela bibliografia brasileira. Teve origem na biblioteca real, que chegou ao país em 1810 e foi aberta ao público em 1814. Fica no Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco, e é belíssima. Vale a visita.

2. Estrutura física da biblioteca
Estrutura física como se fosse a estrutura organizacional, e a organização funcional como o que cada setor faz. É bastante simples. Uma parte é responsável pelos usuários, e a outra parte, pelo acervo.

3. Organização funcional da biblioteca
A biblioteca, como vimos acima, é divida em setores para atender ao usuário e para atender ao acervo.

Amanhã darei continuidade a este post, pois irei postar sobre as principais seções (setores) da biblioteca.
Bons estudos!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Intensivão em "Informática": Hardware

Boa tarde a todos!

Hoje darei continuidade ao post de ontem sobre questões de informática relacionadas a HARDWARE que cai muito em concursos.

O que seria HARDWARE ?
Hardware é a parte física do computador.

Vamos começar?

1 - Sobre hardware e software, analise:I. ROM são memórias de baixa velocidade localizadas em um processador que armazena dados de aplicações do usuário para uso imediato do processador.
II. O tempo de execução do computador é medido em ciclos; cada ciclo representa uma oscilação completa de um sinal elétrico fornecido pelo gerador de relógio do sistema. A velocidade do computador geralmente é dada em GHz.
III. O processador é um componente de hardware que executa um fluxo de instruções em linguagem de máquina.
IV. Um aplicativo é primariamente um gerenciador de recursos do computador, seu projeto está intimamente ligado aos recursos de software e hardware que devem gerenciar.

Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.

Comentários
Item I (ERRADO): Memória ROM não fica localizada dentro do processador. E a memória de uso imediato do processador é a memória SRAM (mais conhecida como memória cache).

Item II (CORRETO): Não tem o que comentar o próprio item explica tudo.

Item III (CORRETO): Perfeito!!! O Processador é o CHIP mais importante do computador, pois ele processa
todas as informações.

Item IV (ERRADO): Um aplicativo é todo e qualquer programa que foi feito para resolver nossos problemas como digitar um texto, navegar na internet, construir uma planilha e etc...
GABARITO: C.

2 - Em termos de componentes básicos do computador, é um elemento que, no final das contas, funciona como uma mesa de trabalho que a todo o momento tem seu conteúdo alterado e, até mesmo, descartado quando ela não está energizada:

a) Placa mãe.
b) Processador.
c) HD.
d) Placa de vídeo.
e) Memória RAM.

Comentários
Memória RAM é o elemento em questão, ela é uma Memória Principal do nosso computador e serve para armazenar tudo que o processador processa.
GABARITO: E.

3 - Considere o componente que tem duas unidades idênticas conectadas à placa mãe, permitindo, dessa forma, duplicar a velocidade de comunicação para atender com maior rapidez o fornecimento de dados requeridos pelo processador. Trata-se do componente:

a) disco rígido.
b) pen drive.
c) drive de CD/DVD.
d) memória RAM.
e) monitor de LCD.

Comentários
Memória RAM é o componente. Quando o processador processa alguma informação o mesmo guarda esta informação na Memória RAM. O interessante é que quando o processador necessita da mesma informação outra vez, ele busca esta informação na Memória RAM. Não necessitando processá-la novamente.
GABARITO: D.

4 - Um tipo de elemento do microcomputador que permite apenas a leitura pelo usuário comum e vem com seu conteúdo gravado durante a fabricação. Trata-se de

a) disco rígido.
b) memória USB.
c) memória ROM.
d) memória RAM.

Comentários
Memória ROM é o elemento. DETALHE: R(read=leitura) O(only=somente) M(memory=memória), portanto... Memória SOMENTE de leitura.
GABARITO: C.

5 - Barramento é um conjunto de linhas de comunicação que permitem a interligação entre os componentes do computador. O barramento USB (Universal Serial Bus) é classificado como um barramento de

a) entrada e saída.
b) dados.
c) endereço.
d) cache.
e) memória.

Comentários
O barramento USB é considerado de entrada e saída. O USB é um barramento serial, por isso os conectores possuem apenas 4 contatos, sendo dois para a transmissão dos dados (um para enviar, outro para receber) e os outros dois para a transmissão de eletricidade. Os dois pinos para a transmissão de dados são os dois mais centrais, enquanto os para energia são os dois externos. Olhando um conector USB com os contatos virados para baixo, o pino da direita é o positivo, enquanto o da esquerda é o neutro. Dentro do cabo, o fio vermelho é o positivo, o preto é o neutro, enquanto o verde e o branco são os usados para transmissão de dados.
GABARITO: B.

6 - As instruções que uma CPU necessita para executar um programa são buscadas

a) nas interfaces USB.
b) no disco rígido.
c) na memória.
d) no drive de DVD.
e) no barramento de endereços.

Comentários
Todas as informações que a CPU necessita pra executar um programa são buscadas nas memórias.
GABARITO: C.

7 - Processador, memória RAM e bateria são alguns dos principais componentes

a) do conector serial.
b) da saída paralela.
c) da porta USB.
d) do disco rígido.
e) da placa-mãe.

Comentários
A placa mãe  é um componente de hardware que liga todas as outras peças, fazendo a comunicação entre elas. A primeira placa mãe surgiu inicialmente em um computador da empresa IBM, no ano de 1982. O design  das placas mãe continua basicamente o mesmo das primeiras, até os dias atuais. A placa da IBM assim como as sucessoras tem portas e slots para vários tipos de Hardwares, que são ligados nela para que a comunicação entre os componentes seja possível. HD, Memória, processador, Leitores Ópticos, Fontes, placas de vídeo, tudo é conectado à placa Mãe. Um pouco sobre o que a placa mãe faz com cada peça conectada: 

-Processador: A placa mãe transmite os “pedidos” de dados para a memória RAM e para o HD, e transfere estes dados para o processador.
-Placa de vídeo: A placa mãe envia as informações e dados do Processador e HD para a placa de vídeo, e a placa de vídeo envia estes para o monitor.
-Memória RAM: A memória RAM sempre precisa de dados do HD, estes dados passam pela placa mãe para chegarem à memória.
-HD: A placa mãe pega as informações e dados do HD quando a memória RAM precisa.
-Leitor de CD/DVD: Quando o leitor interpreta os dados do CD ou DVD, ele envia estes dados para a memória RAM, que por sua vez manda para o processador. Estes dados são enviados para a placa de vídeo, que os transmite pelo monitor.
-Gravador de CD/DVD: Embora seja feito pelo mesmo equipamento, o sistema de gravação age diferente. O processador manda os dados à serem gravados para o gravador, que interpreta e grava os dados.

GABARITO: E.

Espero tenha gostado.

Bons estudos e até a próxima.

 

 

 

 

Intensivão em "Português": Dicas de Gramática

Boa tarde a todos!

Hoje darei dicas importantes que facilitarão qualquer pessoa em seus estudos para qualquer concurso que tenha a matéria de gramática.

Vamos começar?

1 - POR QUE/PORQUE/POR QUÊ/PORQUÊ
PORQUE = pois ou pelo fato de que
• Eu gosto de você, porque sou louco.

POR QUE = por que motivo, razão (inclusive em títulos)
• Por que tornei-me padre.

POR QUÊ - em final de frase
• Parou, por quê?

PORQUÊ = o porquê, um porquê, os porquês
• Ninguém entendeu o porquê da sua decisão.

Agora, com mais detalhes:

POR QUE - preposição por + que (classe variável)
a) equivalente a pelo qual, ou suas variações (com ou sem antecedente)
• Esta é a razão por que não compareci. (Esta é a razão pela qual... - razão é antecedente)
• Eis por que não compareci. (Eis a razão, a causa pela qual não compareci. Neste caso, não há antecedente)

b) equivalente a por que motivo ou por que razão (Preposição + pronome), em interrogações diretas ou indiretas
• Por que você não compareceu?
• Não sei por que você não compareceu. (Não sei isto: por que voc6e não compareceu?)

c) em títulos (pronome interrogativo ou pronome relativo)
• Juscelino escreveu “Por que construí Brasília”.
Significa: por que é que eu construí Brasília.
Ou: as causas/razões por que (pelas quais) construí Brasília.

d) quando significa por qual (e variantes)
• O candidato optou por que carreira? (Optou por qual carreira?)
• Não sei por que caminhos seguir. (por quais caminhos)

e) Usamos por que, também, quando o por é um complemento de algum nome.
• Estou ansioso por que você retorne das férias. (ansioso por)
• O presidente demonstrou simpatia por que nós apresentássemos o projeto. (simpatia por)

PORQUE
a) equivalente a pois (conjunção coordenativa explicativa).
• O professor deve ter faltado, porque os alunos estão no corredor.

b) equivalente a pela causa/razão de que, pelo fato/motivo de que (conjunção
subordinativa causal)
• Faltei ao trabalho, porque estava doente.

c) expressão de realce
• Se todos concordam, é porque gostaram da resposta.

d) em interrogações
• Porque estava doente? Ora, isso não é motivo para faltar.

A situação seria a seguinte:
João: Por que você faltou?
José: Eu faltei porque estava doente.
João: Porque estava doente? Ora, isso não é motivo para faltar.
(A pergunta repete a resposta de José)

POR QUÊ
equivalente a por que motivo, por que razão, utilizado em final de frase ou em pausas.
• Você faltou por quê?
• Meu coração está triste não sei por quê.

PORQUÊ
sinônimo de motivo, razão (pode vir até no plural)
• Ninguém sabe o porquê dessa decisão.
• Todos nós queremos saber os porquês de sua decisão.

2 - Onde/aonde
Onde
Quando significa em que lugar, no lugar em que, em que, na qual, etc. Sempre em situações que não indiquem movimento.
• Moro onde o vento faz a curva. (moro em algum lugar)
• Arte Etc e Tal: a Arte onde quer que você esteja. (você está em algum lugar)

Aonde
Com verbos que têm a idéia de movimento ou com nomes que exijam a preposição a.
Aonde é combinação da preposição a + onde.
• Aonde eu for, venha também. (Quem vai, vai a algum lugar)
• Sua chegada foi aonde? (chegada a algum lugar)

FUNDO DO BAÚ
• Sobre onde e aonde
Nem sempre houve esse rigor quanto ao uso das formas onde e aonde. Vejamos os seguintes exemplos:

“Morrem dele nas florestas
Aonde habita o jaguar,...”
(Machado de Assis, Obra Completa, Aguilar, III, página 107, 1979)

“Mas aonde te vais agora,
 Onde vais, esposo meu?”
(Machado de Assis, Obra Completa, Aguilar, III, página 109, 1979)

Vela ao entrares no porto
Aonde o gigante está!
(Fagundes Varela, Vozes de América, 2ª ed. Porto, Typ. de Antonio José da Silva Teixeira, 1876)

3 - Há/a
Há: indica sempre tempo passado
• Há tempo não ouço Roberto Carlos.
• Esta carta foi enviada há 30 dias.

A: em situações que indicam futuro, distância ou espaço temporal.
• Daqui a pouco ele chegará.
• Foi atingido a trinta metros do local do acidente.
• O candidato chegou a 2 minutos do encerramento do prazo.

4 - Se não/senão
Se não: equivalente a ou, caso não ou quando não.
• Deu dois socos no amigo, se não mais. (dois socos ou mais)
• Se não chover, muitos morrerão. (caso não chova...)
• Se está satisfeito, é educado; se não, é grosseiro. (quando não está satisfeito...)

O se pode ser também uma conjunção integrante, introduzindo uma oração que funciona como objeto direto.
• O repórter perguntou se não vai haver a premiação. (O repórter perguntou isto, objeto direto. A oração se não vai haver a premiação é objeto direto de perguntou. O não deve vir separado, é claro.

Senão
Pode ser substituído por:
• do contrário, de outra forma
• Corra, senão perderemos a prova.
• a não ser, mais do que, menos, com exceção de
• Não fazia outra coisa senão reclamar
• mas, mas sim, mas também
• Não quis te magoar, senão ajudar.
• de repente, de súbito (= senão quando)
• E foi senão quando um tiro foi ouvido.
• mas antes, mas sim (= senão que)
• Não queria ajudar, senão que perturbar.
• falha, defeito, obstáculo (como substantivo, podendo ser escrito no plural)
• Havia muitos senões no livro.

Antes de pronomes, devemos usar senão a.
• não tinha outros amigos, senão a nós.

5 - A fim de/afim/afim de
A fim de: equivalente a para.
• Chegou cedo, a fim de fazer o trabalho. (com o objetivo de fazer o trabalho)
Afim corresponde a semelhante ou parente por afinidade
• Os dois têm pensamentos afins. (=semelhantes, que têm afinidades)
• O sogro é afim da nora. (isto é, tem parentesco sem laço sanguíneo)
• Pelo amor de Deus, não confundir com um uso coloquial
do a fim de com o sentido de estar interessado. Este uso torna-se a cada dia mais comum.
• Ele está a fim de você.

6 - Mas/mais
Mas: É conjunção adversativa, com o sentido de ideia contrária.
Dessa forma, pode ser substituída, na frase, por porém, todavia.
• Chegou cedo, mas não conseguiu ser atendido. (Chegou cedo, porém...)

A vírgula deve ser usada antes de mas.


7 - Abaixo/a baixo
abaixo = na parte inferior (advérbio)
• Abaixo, você encontra os jardins; acima, as garagens.

a baixo - preposição + adjetivo
• Na feira estava tudo a baixo preço.

8 - Demais/de mais
Demais = outros (pronome indefinido)
• Os cinco primeiros podem entrar. Os demais vão aguardar.

Demais = em excesso (advérbio)
• Ele bebe demais.

De mais - contrário de de menos (locução adverbial)
• Ela é lindíssima, toda certinha: nem centímetros de mais, nem de menos.

9 - Portanto/por tanto
Portanto - conjunção conclusiva
• Estou duro, portanto não me peça um centavo.

Por tanto - preposição + pronome
• Por tanto amor a vida me fez lutar.

10 - Mal/mau
Mal = moléstia, epidemia, tormento, etc. (substantivo)
• O seu mal era incurável.

Mal = contrário de bem (advérbio)
• Fez o trabalho mal e porcamente. (Não fez bem)

Mal = logo que, apenas (conjunção)
• Mal chegou, foi recebido a tapas.

Mau = contrário de bom (adjetivo)
• Passou por maus momentos (Contrário: passou por bons momentos)

11 - Acerca de/ há cerca de
Acerca de = a respeito de
• O ministro falou acerca de muitos temas econômicos.
• Normalmente se usa sobre: O ministro falou sobre muitos temas econômicos.

12 - Tampouco/tão pouco
Tampouco = também não (advérbio)
• Não compareceu, tampouco mandou avisar.

Tão pouco - tão (advérbio) + pouco (pronome)
• Foi tão pouco o que recebi, que nem valia ir receber.

Espero tenha gostado.

Bons estudos e até a próxima.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Intensivão em "Informática": Hardware

Bom dia a todos!

O 2º post de hoje será sobre questões de informática relacionadas a HARDWARE que cai muito em concursos.

O que seria HARDWARE ?

Hardware é a parte física do computador, ou seja, é o conjunto de componentes eletrônicos, circuitos integrados e placas, que se comunicam através de barramentos. Em contraposição ao hardware, existe o software que é a parte lógica, ou seja, o conjunto de instruções e dados processado pelos circuitos eletrônicos do hardware. Toda interação dos usuários de computadores modernos é realizada através do software, que é a camada, colocada sobre o hardware, que transforma o computador em algo útil para o ser humano. Além de todos os componente que o seu computador precisa, ele também precisa de um Software chamado Sistema Operacional, sem o sistema operacional no nosso computador ficaria impossível de nos comunicar-mos com o nosso computador. Dentro deles o sistema operacional nos auxilia ao contato da pessoa ao computador, ao exemplo de poder salvar arquivos e programas.

Vamos começar? 

1. A capacidade nominal de armazenamento de uma mídia de DVD-RW, com camada simples e lado simples é
a) 4,7 GB.
b) 700 MB.
c) 9,40 GB.
d) 720 MB.
e) 1024 TB.

ComentáriosUm DVD-RW (simples) tem uma capacidade de 4.7 GB.
GABARITO: A.

2. André possui uma pasta em seu computador com um conjunto de arquivos que totalizam 4 GB. A mídia de backup adequada, dentre outras, para receber uma cópia da pasta é
a) DVD-RW.
b) CD-R.
c) Disquete de 3 e 1/2 polegadas de alta densidade.
d) Memória CACHE.
e) Memória RAM. 

ComentáriosUm DVD-RW (simples) tem uma capacidade de 4.7 GB, logo... Pode armazenar facilmente a pasta do André.
GABARITO: A.

3. Considerando os dispositivos de armazenamento ótico removíveis, é correto afirmar que:
a) um CD-RW pode ser escrito apenas uma vez usando um gravador de CD, mas lido várias vezes por gravadores e leitores de CD.
b) um CD-ROM pode ser escrito apenas uma vez usando um gravador de CD, mas lido várias vezes por gravadores e leitores de CD.
c) um CD-R pode ser escrito e lido várias vezes por gravadores e leitores de CD.
d) um CD-R só pode ser escrito por um leitor de CD após ter sido formatado por um gravador de CD.
e) um CD-ROM é fabricado (masterizado) com todos os dados já escritos e estes dados não podem ser alterados por um gravador de CD.

Comentários
Um CD-ROM só pode ser lido (somente Leitura) e já vem com seu conteúdo gravado de fábrica;
Um CD-R só pode ser gravado e lido (jamais apagado);
Já p CD-RW pode ser gravado e regravado (gravar, apagar, gravar novamente, apagar novamente, quantas vezes forem necessárias);
GABARITO: E.

4. Durante a operação de um computador, caso ocorra interrupção do fornecimento de energia elétrica e o computador seja desligado, os dados em utilização que serão perdidos estão armazenados
a) no disco rígido e memória RAM.
b) em dispositivos removidos com segurança.
c) no disco rígido.
d) na memória RAM.
e) no disco rígido decorrentes de atividades dos programas que estavam em execução. 

ComentáriosMemória RAM, pois é a memória principal de um computador. Ela guarda todas as informações de momento. Ela é uma memória Volátil, ou seja, perde as informações quando a máquina é desligada.
GABARITO: D.

5. Em relação a hardware e software, é correto afirmar:a) Para que um software aplicativo esteja pronto para execução no computador, ele deve estar carregado na memória flash.
b) O fator determinante de diferenciação entre um processador sem memória cache e outro com esse recurso reside na velocidade de acesso à memória RAM.
c) Processar e controlar as instruções executadas no computador é tarefa típica da unidade de aritmética e lógica.
d) O pendrive é um dispositivo de armazenamento removível, dotado de memória flash e conector USB, que pode ser conectado em vários equipamentos eletrônicos.
e) Dispositivos de alta velocidade, tais como discos rígidos e placas de vídeo, conectam-se diretamente ao processador.

ComentáriosLetra A (ERRADA)
Não é necessário que o software esteja numa memória flash, pode estar em outras memórias. Na maioria das vezes os softwares estão instalados no HD (que é uma memória magnética). DETALHE: já existem programas que rodam direto de memórias flash, são os chamados programas portables.

Letra B (ERRADA)
O fator determinante de um processador que possui memória cache e outro que não possui, está no desempenho do mesmo. O que tem memória cache tem um desempenho bem superior ao que não tem.

Letra C (ERRADA)
Controlar as informações dentro do processador é tarefa da UC (Unidade de Controle).

Letra D (CORRETA)
Acho que não tem nem o que comentar não é?

Letra E (ERRADA)
Discos Rígidos se conectam em portas IDE ou (atualmente) SATA. Placas de vídeos se conectam em slots apropriados (PCI, AGP ou PCI Express).

GABARITO: D.

6. Para que o computador de uma residência possa se conectar à Internet, utilizando a rede telefônica fixa, é indispensável o uso de um hardware chamado
a) hub.
b) modem.
c) acess point.
d) adaptador 3G.
e) switch

ComentáriosO Modem é o hardware (equipamento) necessário para conectar um computador à Internet. É bom lembrar que existem vários tipos de modem (pois existem várias formas de se conectar à internet): Placa de FAX/MODEM (internet discada), Modem ADSL (internet ADSL – VELOX por exemplo), Cable Modem (Internet via cabo), Modem 3g (internet via telefonia móvel), e etc...
GABARITO: B.

7. Sobre os computadores é correto afirmar:
a) O BIOS é um software armazenado em um chip de memória RAM fixado na placa mãe. Tem a função de armazenar o Sistema Operacional.
b) A fonte de alimentação transforma a tensão elétrica que entra no computador, de 240 V para 110 V, pois os componentes internos suportam apenas a tensão de 110V.
c) Barramentos são circuitos integrados que fazem a transmissão física de dados de um dispositivo a outro.
d) Quando o sistema de fornecimento de energia falha, um estabilizador comum tem como principal objetivo manter o abastecimento por meio de sua bateria até que a energia volte ou o computador seja desligado.
e) Um bit representa um sinal elétrico de exatos 5 V que é interpretado pelos componentes de hardware do computador.

ComentáriosLetra A (ERRADA)
A (o) BIOS tem a função de dar o START "ligar" a máquina.

Letra B (ERRADA)
Bom, não é bem assim. A fonte de alimentação tem o papel de distribuir a tensão para os equipamentos internos do computador. Cada equipamento trabalha com uma tensão diferente.

Letra C (CORRETA)
Em ciência da computação barramento é um conjunto de linhas de comunicação (fios elétricos condutores em paralelo) que permitem a interligação entre dispositivos de um sistema de computação , como: CPU; Memória Principal; HD e outros periféricos.

Letra D (ERRADA)
Quem mantem o abastecimento de energia (na falta da mesma) para o computador é o NO-BREAK.

Letra E (ERRADA)
Nunca vi isso na minha vida... Questão erradíssima!!!

GABARITO: C.

Espero tenham gostado. Enviem comentários se estão gostando.
Para amanhã estou preparando mais algumas questões de Hardware.

Bons estudos e até a próxima.

Intensivão em "Português": Figuras de linguagem

Bom dia a todos!

O assunto a ser trabalhado hoje será a "Estilística" que são os recursos utilizados nos textos (principalmente literários) para conferir à mensagem mais impacto, estilo, beleza ou qualquer outro recurso expressivo. Essas figuras são objeto do estudo da Estilística, que é uma subdivisão da Gramática.
São três as figuras de linguagem:
1) figuras de sintaxe (ou construção);
2) figuras de palavras e
3) figuras de pensamentos.

Vamos começar?

Figuras de sintaxe

Elipse: significa, em gramática, omissão. Essa é a palavra-chave. Quando se omite algum termo ou palavra de um enunciado, tem-se a elipse. Vale lembrar que essa omissão deve ser captada pelo leitor, que pode deduzi-la a partir do contexto, da situação comunicativa.

Exemplos:
Eu vi coisas lindas, realmente emocionantes; ela, coisas abomináveis, terríveis aos seus olhos. [omitiu-se o verbo ver em ela (viu) coisas abomináveis...];
Rico, podia fazer o que quisesse [omitiu-se a oração inteira: (Porque era) rico, podia fazer o que quisesse];
Empreste-me essa folha [omitiu-se de papel: folha (de papel)];
Todos esperamos se faça justiça [omitiu-se a conjunção que: esperamos (que) se faça justiça] 

Zeugma: é um tipo de elipse. Ocorre zeugma quando duas orações compartilham o termo omitido. Isto é, quando o termo omitido é o mesmo que aparece na oração anterior.
Exemplos:
Na terra dele só havia mato; na minha, só prédios. [...na minha, só (havia) prédios]
Meus primos conheciam todos. Eu, poucos. [Eu (conhecia) poucos]
Observação: quando a flexão do verbo omitido é exatamente a mesma do verbo da oração anterior, tem se a zeugma simples. Quando a flexão é diferente, tem-se a zeugma complexa.

Pleonasmo: é a reiteração, a repetição, o reforço de uma ideia já expressa por alguma palavra, termo ou expressão. É reconhecido como figura de sintaxe quando utilizado com fins estilísticos, como a ênfase intencional a uma ideia; sendo resultado da ignorância ou do descuido do usuário da língua, é considerado como um vício de linguagem (pleonasmo vicioso).

Exemplos:
Vamos sair fora! (se é sair, obviamente é para fora)
Que tal subir lá em cima e tomar um bom vinho? (se é subir, obviamente é para cima)
"Eu nasci há dez mil anos atrás" (se é há, só pode ser atrás)
Essa empresa tem o monopólio exclusivo da banana (se é monopólio, obviamente é exclusivo)
A mim, você não me engana (o verbo enganar tem dois complementos - a mim e me; eis um caso de objeto pleonástico)
Observação: um recurso literário bastante difundido é o epíteto de natureza, que não deve ser considerado como um pleonasmo vicioso. Serve, por fins estilísticos, para reforçar uma característica que já é natural ao ser. Exemplos: céu azul, pedra dura, chuva molhada.

Inversão: é, como o próprio nome diz, qualquer inversão da ordem natural de termos num enunciado, a fim de
conferir-lhe especiais efeitos e reforços de sentido. Podem-se considerar como tipos de inversão o hipérbato, a anástrofe a prolepse e a sínquise.
Exemplo:
Sua mãe eu nunca conheci (a ordem natural seria Eu nunca conheci sua mãe).
Hipérbato: tipo de inversão que consiste, geralmente, na separação de termos que normalmente apareceriam unidos, por meio da interposição de um elemento interferente, isto é, algo que interfere. Hoje em dia, porém, costuma-se tomar o hipérbato como sinônimo de qualquer tipo de inversão.
Exemplos:
A roupa, você verá, preta que comprei é linda [aqui o núcleo do sujeito (roupa) foi separado de seu adjunto adnominal (preta) por meio de uma oração interferente].
Compraram as mulheres vários presentes para os maridos (aqui houve a simples inversão entre o verbo e o sujeito).
Anástrofe: é a inversão entre termo determinante (aquele que determina, constituído de preposição + substantivo)
e o determinado, que passa a vir depois do determinante.
Exemplos:
Da igreja estava ela na frente [a ordem natural seria Ela estava na frente da igreja; Da igreja é o termo determinante, que, na anástrofe, veio antes do determinado (frente)]
Aqueles rapazes, sim, por dinheiro são muito ávidos [a ordem natural seria Aqueles rapazes, sim, são muito ávidos por dinheiro; Por dinheiro é o termo determinante, que, na anástrofe, veio antes do determinado (ávido)]
Sínquise: essa palavra vem do grego (sýgchysis) e significa confusão. É a inversão muito violenta na ordem natural dos termos, de modo que a sua compreensão seja seriamente prejudicada. Consiste, segundo alguns autores, em um vício de linguagem, e não em uma figura de sintaxe com fins estilísticos.
Exemplos:
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante" (ordem natural: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico)
Da verdade aquelas pessoas todas muito honestas você pode acreditar que sabiam (ordem natural: Você pode acreditar que todas aquelas pessoas, muito honestas, sabiam da verdade).
Prolepse (ou antecipação): é o deslocamento do termo de uma oração para a oração anterior.
Exemplos:
O Ministro do Planejamento dizem que vai pedir demissão [o sujeito da oração vai pedir demissão (o Ministro do Planejamento) foi deslocado para antes da oração principal (dizem)]
Essas frutas parece que não prestam [o sujeito da oração não prestam (Essas frutas) foi deslocado para antes da oração principal (parece)]

Assíndeto: Vem do grego, syndeton, que significa conjunção. É a ausência de conjunções coordenativas (aquelas que ligam orações ou termos coordenados, independentes) no encadeamento dos enunciados.
Exemplos:
Ela me olhava, lavava, olhava novamente, espirrava, voltava a trabalhar (não apareceu conjunção alguma para ligar as orações).
Eu nunca tive glória, amores, dinheiro, perdão (não apareceu conjunção alguma para ligar os termos que complementam o verbo ter).
Polissíndeto: é o contrário do assíndeto. É a repetição das conjunções coordenativas (principalmente as aditivas e e
nem), com o fim de incutir no discurso a noção de movimento, rapidez e ritmo.
Ela me olhava, e lavava, e olhava novamente, e espirrava, e voltava a trabalhar (foi repetida a conjunção coordenativa aditiva e).
Eu nunca tive glória, nem amores, nem dinheiro, nem perdão (foi repetida a conjunção coordenativa aditiva nem).
Anacoluto: é a quebra da seqüência sintática de uma frase. É como se o escritor de repente decidisse mudar de ideia, alterando a estrutura e o nexo sintáticos da oração.
Exemplos:
O José, sinceramente parece que ele está ficando louco (perceba que O José deveria ser sujeito de uma oração, mas ficou sem predicado, solto na frase; houve a quebra da sequencia sintática esperada).
Cantar, sei que todos devem cantar (viu como o verbo cantar está sobrando? Parece que o autor decidiu mudar a ordem da oração, sem nos avisar)
Observação: o anacoluto deve ser usado cuidadosamente na linguagem escrita. Exige experiência, estilo e intencionalidade por parte de quem escreve, para que não se confunda com uma confusão mental ou deficiências de estruturação do texto.
Silepse: é a concordância que se faz com a idéia, e não com a palavra expressa. É também chamada de concordância ideológica. Há três tipos de silepse: de gênero (a concordância se faz com a ideia feminina ou masculina); de número (a concordância se faz com a ideia singular ou plural); e de pessoa (a concordância se faz com uma pessoa gramatical diferente da expressa pela palavra)
Exemplos:
São Paulo realmente é linda [silepse de gênero - o adjetivo linda ficou no feminino porque concorda com a ideia (a cidade de) São Paulo]
Vossa Excelência pode ficar tranquilo e calmo [silepse de gênero - os adjetivos tranquilo e calmo ficaram no masculino porque concordam com a ideia: a pessoa a quem se dirige o pronome de tratamento Vossa excelência é homem]
Os paulistas somos bem tratados no Paraná [silepse de pessoa - o verbo ser concorda com a primeira pessoa do plural (nós), apesar de o sujeito expresso ser Os paulistas (terceira pessoa do plural). Com esse recurso, o emissor da mensagem quis passar a ideia de que ele também é paulista; de que ele se inclui entre os paulistas]

A gente não quer só alimento. Queremos amor e paz [silepse de número - o verbo querer ficou no plural, e seu sujeito oculto (A gente) é singular]
Observação: a principal diferença entre silepse de pessoa e de número é que na de pessoa o emissor da mensagem se inclui no sujeito de terceira pessoa do plural. 

Repetição: é a repetição de palavras que tem por finalidade exprimir a idéia de insistência, progressão e intensificação. Quando se repetem adjetivos ou advérbios, é uma maneira de se fazer o grau superlativo.
Exemplos:
Aquela moça era linda, linda, linda.

E, enquanto tudo isso acontecia, a garota crescia, crescia.

O sol estava claro, claro; eu mal podia enxergar.

Onomatopéia: Consiste na criação de palavras com o intuito de imitar sons ou vozes naturais dos seres. É, na verdade,
um dos processos de formação das palavras, que cabe à Morfologia.
Exemplos:
Ouviu o tilintar das moedas (o verbo tilintar imita o som de moedas se entrechocando).
Quando a insultei, slapt! (a palavra slapt imita o ruído provocado por um tapa).

Figuras de palavras

Comparação: é a comparação direta de qualificações entre seres, com o uso do conectivo comparativo (como, assim
como, bem como, tal qual, etc.).
Exemplos:
Minha irmã é bondosa como um anjo (existe uma relação de qualificações entre a irmã e o anjo; houve, pois, uma comparação, que se estabeleceu por meio do conectivo como)
Age o neto tal quais os avós (existe uma semelhança de ações entre o neto e os avós; houve, pois, uma comparação, que se estabeleceu por meio do conectivo tal quais)

Metáfora: assim como a comparação, consiste numa relação de semelhança de qualificações. É, porém, mais sutil e exige muita atenção do leitor para ser captada, porque dispensa os conectivos que aparecem na comparação. É o mecanismo pelo qual se toma "emprestada" a característica de um ser utilizando esse próprio ser como característica. Cabe ao receptor da mensagem saber qual é a característica em comum dos dois seres. Constitui uma das mais importantes e frequentes figuras de linguagem, sendo muito utilizada tanto na poesia quanto na prosa.
Exemplos:
Minha irmã é um anjo (existe uma relação de qualificações entre a irmã e o anjo; como não houve um conectivo que estabelecesse a relação comparativa, chama-se a essa comparação mental de metáfora. A palavra anjo não está sendo utilizada em seu sentido original; foi tomada como uma qualificação.
Cabe ao receptor saber que a característica em comum entre os dois seres é a bondade)
Tenho que viajar muito. São os ossos do ofício (que características em comum têm o ato de viajar muito e os ossos?
É simples: viajar muito é uma das exigências, uma das partes que compõem o trabalho do emissor dessa mensagem; os ossos são algumas das partes que compõem os corpos de alguns seres vivos. Houve a transferência do sentido de componente, algo necessário, da palavra ossos para o ato de viajar.
Cabe ao receptor decodificar essa transferência)

Metonímia: é a utilização de uma palavra por outra.

Essas palavras mantêm-se relacionadas de várias formas:
- O autor pela obra: Você já leu Camões (algum livro de Camões)?
- O efeito pela causa: O rapaz encomendou a própria morte (algo que causaria a sua própria morte)
- O instrumento pela pessoa que dele se utiliza: Júlio sem dúvida é um excelente garfo (Júlio come muito; o garfo é um dos instrumentos utilizados para comer)
- O recipiente (continente) pelo conteúdo: Jonas já bebeu duas garrafas de uísque (ele bebeu, na verdade, o conteúdo de duas garrafas de uísque); Os Estados Unidos assistem ao espetáculo das eleições (as pessoas que moram nos Estados Unidos assistem...)
- O símbolo pela coisa significada: O povo aplaudiu as medidas tomadas pela Coroa (a coroa, nessa acepção, é símbolo da monarquia, do rei).
- O lugar pelo produto: Todos gostam de um bom madeira (o vinho produzido na Ilha de Madeira).
- A parte pelo todo: Havia várias pernas se entreolhando no ônibus (na verdade, eram as pessoas, que têm as pernas, que se entreolhavam).
- O abstrato pelo concreto: A juventude de ontem não pensa como a de antigamente (Os jovens de hoje...)
- O singular pelo plural: O paulista adora trabalhar (Os paulistas...)
- A espécie ou classe pelo indivíduo: "Andai como filhos da luz", recomenda-nos o Apóstolo [referindo-se a São Paulo, que foi um dos apóstolos (espécie, classe)]
- O indivíduo pela espécie ou classe: Camila é, como diz sua tia, uma judas [judas (indivíduo) foi o mais conhecido traidor (espécie, classe) da história]
- A qualidade pela espécie: Os acadêmicos estão reunidos (em vez de os membros da academia...)
- A matéria pelo objeto: Você tem fogo (isqueiro)?

Sinestesia: é a figura que proporciona a ilusão de mistura de percepções, mistura de sentidos.
Exemplos:
Você gosta de cheiro-verde [como um cheiro (olfato) pode ser verde (visão)]
Que voz aveludada Renata tem [como um som (audição) pode ser aveludado (tato)].

Perífrase (ou antonomásia): é uma espécie de apelido que se confere aos seres, valorizando algum de seus feitos ou atributos. Ressalte-se que se consideram perífrases somente os "apelidos" de valor expressivo, nacionalmente relevantes e conhecidos.
Exemplos:
Gosto muito da obra do Poeta dos Escravos (antonomásia para Castro Alves).
O Rei do Futebol já fez mais de mil golos (antonomásia para Edson Arantes do Nascimento).
Tu gostas da Terra da Garoa (antonomásia para cidade de São Paulo)?
Eis a terra do ouro verde (antonomásia para café)
Observação: note que somente as antonomásias referentes a nomes próprios têm iniciais maiúsculas.

Figuras de pensamentos

Antítese: é a aproximação de palavras ou expressões que exprimem idéias contrárias, adversas.
Exemplos:
E Carlos, jovem de idade e velho de espírito, aproximou-se.
O que sempre foi simples tornou-se complexo.

Apóstrofe: é a interpelação inesperada de um ente real ou imaginário que se faz com a interrupção da seqüência do
pensamento.
Exemplo:
Sei de minhas condição vil e efêmera.
Sei também de minhas fraquezas. Tu, que queres aqui? (note que a sequência foi interrompida bruscamente com a evocação de alguém).
Observação: não confundir apóstrofe com apóstrofo, que é o sinal gráfico que indica a supressão de um fonema. Exemplo: Tomei dois copos d'água (o apóstrofo indica que o fonema e foi supresso)
Eufemismo: é uma maneira de, por meio de palavras mais polidas, tornar mais suave e sutil uma informação de cunho desagradável e chocante.
Exemplos:
Infelizmente ele se foi (em vez de ele morreu).
A criança nasceu com problemas mentais (em vez de A criança nasceu retardada)
Gradação: é a maneira ascendente ou descendente como as idéias podem ser organizadas na frase.
Exemplos:
Jonas, inesperadamente, assustou-se. Depois, gritou, aterrorizou-se e morreu (gradação ascendente, do menor para o maior).
Ela é uma bandida, uma enganadora, uma sem-vergonha (gradação descendente, do maior para o menor).
Ironia: figura que consiste em dizer, com intenções sarcásticas e zombadoras, exatamente o contrário do que se
pensa, do que realmente se quer afirmar. Exige, em alguns casos, bastante perícia por parte do receptor (leitor ou ouvinte).
Exemplos:
Olá! Júlio. Como você está em forma (considere-se que Júlio seja um rapaz com mais de 130 quilos)!
Meus parabéns pelo seu serviço (considere-se que o vigia tenha dormido e a empresa tenha sido completamente esvaziada durante um assalto)...
Hipérbole: é o modo exagerado de exprimir uma ideia.
Exemplos:
Estou morrendo de sede.
Você é a garota mais linda do mundo.
Prosopopéia (ou personificação): é a atribuição de características humanas a seres não-humanos. 

Exemplos:
O prédio sorria perante os trabalhadores (sorrir é uma atitude humana atribuída a um imóvel, uma edificação).
Depois que o sol me cumprimentou, dirigi-me à cozinha (cumprimentar é uma atitude humana atribuída a um astro).
Reticência: é a suspensão de uma idéia ou de um pensamento, deixando a cargo do leitor ou ouvinte a interpretação/inferência do que deveria ou poderia ser mencionado.
Exemplos:
Eu fiz toda a minha tarefa. Carla... bem... ela... (podemos deduzir que Carla não fez a tarefa).

Hoje eu tenho meu arroz e o meu feijão. Amanhã... (podemos deduzir que o emissor da mensagem não tenha certeza de que terá algo para comer amanhã; ou de que será feijão com arroz. A correta inferência dependerá do contexto em que a reticência estiver inserta).
Retificação: consiste em consertar uma afirmação anterior.
Exemplos:
Todos os deputados se reuniram para trabalhar. Ou melhor, para fazer-nos pensar que iriam trabalhar.
Ele, aliás, todos eles me traíram.

Espero tenham gostado. Enviem comentários se estão gostando.
Para amanhã estou preparando algumas dicas importantes da gramática.

Bons estudos e até a próxima.