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quinta-feira, 6 de março de 2014

Fique atento em algumas colocações da Língua portuguesa

Bom dia!

O post de hoje trata-se de expressões e colocações que são cada vez mais comuns e utilizadas no nosso dia a dia. Para muitos a língua portuguesa não é moleza, mas para outros não existe preocupação na maneira de falar e escrever. Então, faça parte do time que se preocupa na sua fala e escrita.

Cuidado com o excesso de palavras. Não raro isso leva a redundâncias inadmissíveis, que revelam desconhecimento e contam pontos negativos para a imagem de qualquer um. É o caso de expressões como "elo de ligação", "hábitat natural" e "monopólio exclusivo", só para citar algumas mais comuns. Em todas elas, o complemento é dispensável, já que todo elo é de ligação, todo hábitat é natural e não há monopólio que não seja exclusivo. Encaixam-se na mesma categoria de "subir para cima", "descer para baixo", "ver com os olhos", etc.

É frequente se ouvir no rádio ou na TV os entrevistados dizerem: Há muitos anos atrás… Talvez nem saibam que estão construindo uma frase redundante. Afinal, há já dá ideia de passado. Ou se diz simplesmente Há muito anos… ou Muitos anos atrás. Escolha. Mas não junte o há com atrás.

Ainda se vê muito, principalmente na entrada das cidades, a expressão bem vindo (sem hífen) e até benvindo. As duas estão erradas. Deve-se escrever bem-vindo, sempre com hífen.

Muita gente usa a expressão “de encontro” no sentido errado. Na verdade, gostaria de dizer “ao encontro”. “A sua opinião vem de encontro à minha”. Isso quer dizer: “A sua opinião é contra a minha”. O correto seria: “A sua opinião vem ao encontro da minha”. Portanto, cuidado: quem “vai de encontro” vai bater em algum lugar...

Esse português da gente tem cada uma: tem viagem com g e viajem com j. Tire a dúvida: viagem é o substantivo: A viagem foi boa. Viajem é o verbo: Caso vocês viajem, levem tudo.

Ninguém diz eu coloro esse desenho. Dói no ouvido. Portanto, o verbo colorir é defectivo (defeituoso) e não aceita a conjugação da primeira pessoa do singular do presente do indicativo. A mesma coisa é o verbo abolir. Ninguém é doido de dizer eu abulo. Pra dar um jeitinho, diga: Eu vou colorir esse desenho. Eu vou abolir esse preconceito.

Pode parecer estranho, mas é o correto. O verbo "ver" transforma-se em "vir" quando usado no futuro do subjuntivo. Exemplo: "Se eu vir com meus próprios olhos, poderei acreditar". As demais pessoas desse tempo também substituem o "e" pelo "i": vires, vir, virmos, virdes, virem. Os verbos "prever", "rever" e "antever" seguem o mesmo caminho.

Nas expressões é muito, é pouco, é suficiente, o verbo ser fica sempre no singular, sobretudo quando denota quantidade, distância, peso. Ex: Dez quilos é muito. Dez reais é pouco. Dois gramas é suficiente.

Só use ao invés de para significar ao contrário de, ou seja, com idéia de oposição. Veja: Ela gosta de usar preto ao invés de branco. Ao invés de chorar, ela sorriu. Em vez de quer dizer em lugar de. Não tem necessariamente a ideia de oposição. Veja: Em vez de estudar, ela foi brincar com as colegas. (Estudar não é antônimo de brincar).

Outra vez tome cuidado. Quando for ao supermercado, peça duzentos ou trezentos gramas de presunto, e não duzentas ou trezentas. Quando significa unidade de massa, grama é substantivo masculino. Se for ao parque, aí sim, é feminino: não pise na grama; a grama está bem crescida.

Se há um vício de linguagem absolutamente abominável é aquele de usar a terrível expressão “o mesmo” ou “a mesma” para designar de que/quem se está falando. Exemplo famoso, ligeiramente modificado, escrito na parede de um bar: “O rei da feijoada, o mesmo do feijão preto”. Nesse exemplo tenebroso, bastava  colocar no lugar de “o mesmo” a simples conjunção “e”: “O rei da feijoada e do feijão preto”. Na cidade do Recife, uma lei municipal exige que em todos os lugares onde haja uma porta de elevador seja afixada, bem visível, a seguinte frase: “Aviso aos usuários: antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”. Nada contra a lei. Tudo contra a expressão, que bem poderia ser  substituída, com enorme vantagem, por exemplo, apenas pelo pronome “ele”, em prol da saúde mental dos usuários que, na maioria das vezes, têm como única opção de leitura, no ambiente, o aviso com a poluidora expressão.

"Preciso de falar uma coisa urgente com o meu gerente". Incrível, mas muita gente ainda comete esse erro imperdoável de português. Só usamos a preposição "de" após o verbo precisar quando o complemento verbal é um substantivo ou pronome. Por exemplo: "Preciso de dinheiro"; "Preciso de você". Quando o complemento é um verbo no infinitivo, a preposição não é utilizada. "Preciso falar uma coisa urgente com o meu gerente"; "Preciso fazer algo"; "Preciso pensar em uma solução para esse problema".

Pode parecer estranho, mas é o correto. O verbo "ver" transforma-se em "vir" quando usado no futuro do subjuntivo. Exemplo: "Se eu vir com meus próprios olhos, poderei acreditar". As demais pessoas desse tempo também substituem o "e" pelo "i": vires, vir, virmos, virdes, virem. Os verbos "prever", "rever" e  "antever" seguem o mesmo caminho.

Não confunda: ‘senão’, (juntinho), quer dizer”caso contrário” e ‘se não’, (separado), equivale a “se por acaso não”. Veja: Chegue cedo, senão eu vou embora. Se não chegar cedo, eu vou embora. Percebeu a diferença? 

Alguns erros de português provocam estragos devastadores na imagem pessoal e profissional. Entre os mais graves estão o uso equivocado de duas palavrinhas que ainda confundem muita gente. Nunca, mas nunca mesmo, diga "menas" ou use "perca" como substantivo. 
Menas - Apague essa palavra de seu dicionário. "Menas" não existe. O correto é "menos", mesmo que a palavra seguinte venha no feminino: menos escolas, menos pobreza, menos denúncias de corrupção.
Perca - Nunca utilize "perca" como substantivo, no sentido contrário de "ganho". O certo é "perda": perda de material, perda de poder aquisitivo, perda de memória. "Perca" é verbo (sentido contrário de encontrar): não se perca de mim, não perca credibilidade falando errado.

Muita gente ainda erra na hora de empregar a crase por esquecer uma regrinha básica. A crase é a união do artigo "a" com a preposição "a" — portanto, nunca deve ser utilizada antes de palavras masculinas. Não se deve crasear, por exemplo, expressões como: O restaurante faz entrega a domicílio; A moça estava a salvo; Deixou os marujos a bordo; Fez todo o percurso a pé; Falamos muito a respeito disso; A maior parte das venda é feita a prazo, entre outros.

Nunca se esqueça: Seu melhor professor é você mesmo!
Abraços e Sucesso!

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