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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Assistente de alunos - 5ª parte

Olá, concurseiros!

O assunto de hoje é sobre a Disciplina Escolar que será explanado os conceitos, ética e posturas profissionais, agressividade, limites e violência, autonomia e obediência.

Falar sobre o tema disciplina escolar é um assunto que envolve a formação do caráter, da cidadania e da consciência do sujeito, pois manter os alunos em sala de aula prestando atenção no professor não é uma tarefa fácil sendo que existem vários fatores que influenciam no processo de ensino-aprendizagem. No entanto, apesar dessa complexidade, a verdade é que há um consenso sobre o fato de que sem disciplina não se pode fazer nenhum trabalho pedagógico significativo. 

Os pais vêem-se incapazes de ensinar aos seus filhos como viver ou os educam segundo a “pedagogia da violência” em vez do diálogo.

Quanto à escola, os alunos não respeitam os limites que devem assegurar a existência de si e a da sociedade. Os docentes, por sua vez, aplicam punições ineficientes ou são céticos quanto à eficácia das novas sanções. Diante dessa cena, a indisciplina pode, em parte, ser superada se alunos e professores se relacionarem.

Cabe dizer que as relações podem ser de coação ou de cooperação. A primeira é assimétrica e reforça o egocentrismo. Apoiada no respeito unilateral às leis, leva à heteronomia. Já a cooperação é simétrica, recíproca, constituinte e depende de acordos; por isso, leva ao respeito mútuo e à autonomia.

Um dos quesitos para a disciplina é a criação do vínculo entre ambos, pois só se respeitarão (se escutarão) se o educador for visto como autoridade, o que só é possível se ele fizer parte da subjetividade do aluno. O efeito é que este procurará ver sentido no saber veiculado por aquele; em caso contrário, teme perder o amor do seu mestre.

O mais importante, porém, é o aprendiz ser auto-disciplinado (autônomo). E, para isso, o aluno também deve ser respeitado. É aqui que a relação professor–aluno deixa de se sustentar na unilateralidade. No respeito mútuo "o elemento quase material de medo, que intervém no respeito unilateral, desaparece progressivamente em favor do medo totalmente moral de decair aos olhos do indivíduo respeitado".

A indisciplina é avessa a simplificações (como a de que a culpa é familiar). Devem-se evidenciar os fatores que influenciam em sua ocorrência, que vão desde as razões sociais amplas até as mais prosaicas e as ligadas à atual política educativa.

Combater a indisciplina? Não é o melhor caminho, já que se remete à noção condenável de guerra. Cabe acrescentar que, quando se combate algo, pode-se até derrotá-lo, mas não superá-lo. Assim, a indisciplina sempre ficará à espreita, fortalecendo-se e aguardando a ocasião propícia para contra-atacar.

Além do mais, esse tom bélico remete a um maniqueísmo inexistente: haveria, de um lado, os professores (disciplinados, modelos do bem e vítimas) e, de outro, os alunos (indisciplinados, encarnações do mal e algozes). Essas reduções, tão em moda, impedem a superação desse quadro, pois deixam de lado aspectos da realidade objetiva a serem contemplados.

Não se pode desprezar, todavia, a função que a relação professor–aluno pode desempenhar, auxiliando na diminuição da indisciplina e na mudança da sociedade, por meio do cultivo de valores democráticos (respeito mútuo, justiça e diálogo). A escola e funcionários desta devem cultivar tais valores, buscando sempre empregar o diálogo e se respeitar e respeitando os outros, desta forma é possível haver mudanças.

Bons estudos e até o próximo post.


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